terça-feira, 1 de julho de 2014

SÍNTESE DO TEXTO “SER PROFESSORA: AVALIAR E SER AVALIADA”


Maria Teresa Esteban
           

            A autora chama a atenção para um dos fatores que mobiliza as emoções tanto do aluno quanto do professor, o processo e técnicas de avaliação escolar.
            Segundo a autora, avaliar mobiliza emoções, sendo uma tarefa que dá identidade à professora. Ela enfatiza também que avaliar é uma tarefa solitária, onde as responsabilidades são exclusivamente da professora. Ao tratar da avaliação classificatória ela argumenta que essa técnica não proporciona espaços para um diálogo, em que o processo e seus resultados possam ser compartilhados pelos sujeitos nele envolvidos. Assim essa prática de avaliação submete-se as ideias de mérito, julgamento, punição e recompensa fazendo com que os avaliados sejam distanciados e passem a existir entre eles uma hierarquia.

            Contrária à prática de avaliação classificatória, a qualitativa, segundo a autora, tem como metodologia priorizar a manipulação dos dados sobre a compreensão do processo. A autora afirma o conhecer implica em medir o objeto, classifica-lo inserindo-o numa hierarquia.
            Os instrumentos e procedimentos utilizados entre a professora e seus alunos são: provas; testes; arguições; exercícios; fichas; boletins. Onde são utilizados com a finalidade de aferir o conhecimento que o aluno possui. Esses instrumentos acabam isolando a subjetividade que constitui a dinâmica escolar e mostra resultados quantitativos que exponham o rendimento de cada estudante e sejam compreendidos como demonstração da aprendizagem realizada.
            A autora deixa claro que a avaliação classificatória também se sobrepõe ao professor. O ensino deve ser controlado e apresentar rendimento. Dependendo do resultado dos alunos, também é atribuído valores ao professor. A professora ao avaliar também é avaliada.
            No cotidiano escolar, a professora, ao avaliar e ser avaliada, passa a perceber duas lições: é preciso classificar para ensinar; e classificar não ajuda a ensinar melhor, tampouco a aprender mais – classificar possui exclusão e para ensinar é indispensável incluir.
            Esteban pontua positivamente a avaliação qualitativa, afirmando que o movimento de tal ferramenta de avaliação relaciona-se ao processo de conhecimento articulado pela ideia de compreender o mundo e não de dominar e de manipular o mundo. Outrossim, ela afirma que a avaliação qualitativa ainda continua sendo uma prática classificatória.
             Ela, a autora, define conhecimento como movimento de compreensão dos sujeitos, das relações, dos produtos e dos processos, o que demanda, no caso da avaliação, uma investigação permanente do processo aprendisagemensino em sua complexidade. E ela ainda diz que para avaliar é preciso produzir instrumentos e procedimentos que nos ajudem a dar voz e visibilidade ao que é silenciado e apagado.
            Assim a avaliação vem classificando, expondo, excluindo, marcando alunos que não aprendem, os professores que não ensinam, as famílias que não colaboram, os funcionários que não tem competência. Contudo destacando apenas aquilo que não dar certo, ou seja, os que não compreendem/aprendem. Lembrando que no mesmo instante em que a professora avalia, ela também está sendo avaliada.





REFERÊNCIA


ESTEBAN, Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.) Escola, currículo e avaliação. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005, p. 13-37.

Um comentário:

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