Maria Teresa Esteban
A
autora chama a atenção para um dos fatores que mobiliza as emoções tanto do
aluno quanto do professor, o processo e técnicas de avaliação escolar.
Segundo
a autora, avaliar mobiliza emoções, sendo uma tarefa que dá identidade à
professora. Ela enfatiza também que avaliar é uma tarefa solitária, onde as
responsabilidades são exclusivamente da professora. Ao tratar da avaliação
classificatória ela argumenta que essa técnica não proporciona espaços para um
diálogo, em que o processo e seus resultados possam ser compartilhados pelos
sujeitos nele envolvidos. Assim essa prática de avaliação submete-se as ideias
de mérito, julgamento, punição e recompensa fazendo com que os avaliados sejam
distanciados e passem a existir entre eles uma hierarquia.
Contrária
à prática de avaliação classificatória, a qualitativa, segundo a autora, tem
como metodologia priorizar a manipulação dos dados sobre a compreensão do
processo. A autora afirma o conhecer implica em medir o objeto, classifica-lo
inserindo-o numa hierarquia.
Os
instrumentos e procedimentos utilizados entre a professora e seus alunos são:
provas; testes; arguições; exercícios; fichas; boletins. Onde são utilizados
com a finalidade de aferir o conhecimento que o aluno possui. Esses
instrumentos acabam isolando a subjetividade que constitui a dinâmica escolar e
mostra resultados quantitativos que exponham o rendimento de cada estudante e
sejam compreendidos como demonstração da aprendizagem realizada.
A
autora deixa claro que a avaliação classificatória também se sobrepõe ao
professor. O ensino deve ser controlado e apresentar rendimento. Dependendo do
resultado dos alunos, também é atribuído valores ao professor. A professora ao
avaliar também é avaliada.
No
cotidiano escolar, a professora, ao avaliar e ser avaliada, passa a perceber
duas lições: é preciso classificar para ensinar; e classificar não ajuda a
ensinar melhor, tampouco a aprender mais – classificar possui exclusão e para
ensinar é indispensável incluir.
Esteban
pontua positivamente a avaliação qualitativa, afirmando que o movimento de tal
ferramenta de avaliação relaciona-se ao processo de conhecimento articulado
pela ideia de compreender o mundo e não de dominar e de manipular o mundo.
Outrossim, ela afirma que a avaliação qualitativa ainda continua sendo uma
prática classificatória.
Ela, a autora, define conhecimento como
movimento de compreensão dos sujeitos, das relações, dos produtos e dos
processos, o que demanda, no caso da avaliação, uma investigação permanente do
processo aprendisagemensino em sua
complexidade. E ela ainda diz que para avaliar é preciso produzir instrumentos
e procedimentos que nos ajudem a dar voz e visibilidade ao que é silenciado e
apagado.
Assim
a avaliação vem classificando, expondo, excluindo, marcando alunos que não
aprendem, os professores que não ensinam, as famílias que não colaboram, os
funcionários que não tem competência. Contudo destacando apenas aquilo que não
dar certo, ou seja, os que não compreendem/aprendem. Lembrando que no mesmo
instante em que a professora avalia, ela também está sendo avaliada.
REFERÊNCIA
ESTEBAN, Maria Teresa. Ser
professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.) Escola, currículo e avaliação. 2.ed.
São Paulo, Cortez, 2005, p. 13-37.
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