O seminário apresentado pelos alunos Robson e
Jonnathann nos trouxe à reflexão dos tipos de práticas de avaliações
tradicionais e atuais, onde, em muitas delas, o autoritarismo prevalecia. O
seminário iniciou-se com Jonnathann introduzindo o tema. Ele prosseguiu
abordando sobre as pedagogias hegemônicas na qual se inicializou historicamente
nos períodos subsequentes à Revolução Francesa. Outros assuntos abordados pelos
dois alunos foram: A pedagogia tradicional; Pedagogia renovada; Pedagogia tecnicista;
Pedagogia libertadora; Pedagogia libertária e; Pedagogia dos conteúdos socioculturais.
Eles explanaram o tema Domesticação X Humanização, deixando claro que para a
domesticação prevalece a pedagogia tradicional, pedagogia renovada e pedagogia
tecnicista, e a humanização prevalece as práticas da pedagogia libertadora, pedagogia
libertária e pedagogia sociocultural.
Na exploração do tema: Pedagogia Libertária,
explorada pelo aluno Robson, uma de suas falas que me chamou a atenção foi “O
aluno passa a ser o próprio gestor de seu conhecimento”. Assim deixa claro que
com essa pedagogia em ação o aluno terá liberdade em traçar e escolher seu próprio
caminho onde o levará ao conhecimento. Ele será o próprio “construtor” de seu
conhecimento.
Os alunos exibiram um vídeo da Ivaneide Moreira (pós-graduanda),
onde mostrava-se a Autoridade X Autoritarismo. Em uma de suas frases, Ivaneide
diz: “Se falo em autoridade eu falo em poder”. De fato, pois quando se há poder
sobre algo ou alguém, a autoridade, de quem está o poder, prevalece. E ela
ainda diz: “O poder da sala de aula está nas mãos do professor”. Sabemos bem
que na sala de aula a autoridade prevalecida é a do professor, portando o poder
está com ele. Assim o professor dita e a turma, devidamente, obedece.
Robson e Jonnathann finalizaram sua apresentação
mostrando a atual prática de avaliação educacional escolar, e ressaltaram suas
conclusões a respeito do texto explanado e exposto no seminário, do autor Carlos
Cipriano Luckesi.
Logo abaixo encontra-se a síntese elaborada pelos
alunos da apresentação do seminário, a qual foi distribuída aos alunos em sala.
Síntese
do texto: “Avaliação Educacional Escolar: para além
do autoritarismo”.
Carlos
Cipriano Luckesi
Luckesi
em seu texto explana a questão do autoritarismo no contexto da avaliação
escolar. Ele busca mostrar o desenvolvimento e avanço dos limites autoritários
em relação a avaliação escolar. É apresentado durante o texto que a avaliação
educacional e a de aprendizagem são meios que não possuem os fins em si mesmas,
pois elas estão limitadas pelas práticas e teorias que as correspondem,
voltadas para uma pedagogia que atende a uma concepção de sociedade.
No
autoritarismo a prática da avaliação se manifesta de forma autoritária, estando
inserida dentro de um modelo teórico de conservação e reprodução exata da
sociedade. Sendo assim o Luckesi pretende acabar com esses entendimentos
autoritários e rígidos e, dessa forma, propõe um desmembramento, no contexto
pedagógico, ou seja, a avaliação é entendida como um mecanismo de transformação
social.
Contextos pedagógicos para a prática da avaliação
educacional
A
avaliação da aprendizagem escolar no Brasil segue um modelo tradicional
conservador, pois herda características de uma burguesia revolucionária que
durante o período da Revolução Francesa onde essa produziu três tipos de
pedagogias diferentes: tradicional (centrada na transmissão de conteúdo, tendo
o professor como figura central e única de conhecimento); renovada ou
escolanovista (valoriza os sentimentos e as palavras de cada aluno na produção
do conhecimento); tecnicista (tem como base o uso dos meios técnicos levando-se
em conta o rendimento do aluno). Todas essas formas são sustentadas pela
tradição, que visa uma equalização social. Mas, não teve o efeito desejado já
que este modelo social não o permitia. Era preciso, para tanto, um outro modelo
social. Assim, foi surgindo uma nova pedagogia e uma nova maneira de pensar o
aprendizado escolar.
Assim,
surgiu a pedagogia libertadora que possui como foco nos estudos de Paulo Freire
pela emancipação das classes populares através da conscientização cultural e
política fora dos muros da escola; libertária, representada pelos
anti-autoritários e autogestionários, lutando pela conscientização e
organização política dos alunos; e a
pedagogia dos conteúdos socioculturais (estudada pelo grupo do professor
Dermeval Saviani, centrada na transmissão e apreensão dos conteúdos no contexto
de uma prática social).
Enquanto
de um lado estariam as pedagogias de domesticação, de conservação e reprodução
de conceitos, o outro lado estaria preocupado com a humanização, com a reflexão
e emancipação do sujeito. O primeiro grupo de pedagogias está preocupado com a
reprodução e conservação da sociedade e, o segundo, voltado para as
perspectivas e possibilidades de transformação social. Cada grupo reflete em
sua avaliação os seus princípios. A do modelo liberal conservador será
autoritária, rígida, ao contrário da avaliação das outras pedagogias que estão
centradas na transformação e autonomia do aluno. Assim, a avaliação se tornará
um mecanismo de diagnóstico e não como uma situação de condição
disciplinadora.
A atual prática
da avaliação educacional escolar: manifestação do autoritarismo
Segundo
Luckesi, a avaliação é um julgamento de valor que tem como objetivo medir
qualitativamente uma dada situação da realidade de ensino. Se considerarmos a
prática autoritária, a avaliação é um componente de decisão somente relacionado
ao professor sendo assim apenas classificatória, generalista. Desse modo a
avaliação se torna um instrumento estático, impedindo o processo de
crescimento. Seguindo a função diagnóstica, proposta pelas novas pedagogias,
têm-se um processo de constante desenvolvimento para a autonomia do aluno
tornando-o consciente de seu aprendizado.
Assim
para extinguir o autoritarismo é preciso mudar a forma como é vista a avaliação
nos dias atuais através da mudança da prática avaliativa em um instrumento
diagnóstico para o crescimento dos educandos. A avaliação deverá analisar
a aprendizagem real do aluno observando todo o processo de aprendizagem do
conhecimento, garantindo seu crescimento para a autonomia, garantindo a
democracia, uma prática de uma nova reflexão de seu consciente, de um novo modo
de se pensar a realidade educacional.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação
Educacional Escolar: para além do autoritarismo. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar:
estudos e proposições.22.Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p.61-65.
Veja abaixo os slides utilizado pelos alunos na apresentação do seminário.
Veja abaixo os slides utilizado pelos alunos na apresentação do seminário.
Boa tarde, muito bom esse texto, vai me ajudar muito, obrigada.
ResponderExcluirBoa tarde, muito bom esse texto, vai me ajudar muito, obrigada.
ResponderExcluirBoa tarde, muito bom esse texto, vai me ajudar muito, obrigada.
ResponderExcluirQue bom, fico muito feliz por poder estar contribuindo.
ExcluirBons estudos!